Vandovsky
Um resto de tudo
De passagem por Monsanto...
Nunca se sabe em Monsanto
(Que as águias roçam com a asa)
Se a casa nasce da rocha
Se a rocha nasce da casa.
Cardoso Marta
Erguendo-se altaneira no granito agreste de um cabo de rochas escarpadas, sobranceiro ao rio Ponsul pela margem direita, Monsanto, freguesia do concelho de Idanha-a-Nova, distrito de Castelo Branco é uma aldeia de casa rústicas apertadas entre enormes penedos, de minúsculos quintais e hortas separados por muros de pedra e ruelas sinuosas com degraus com degraus talhados na rocha.
Começou por ser Monte Santo e foi refúgio privilegiado para povos primitivos - Por lá se encontram vestígios de uma ocupação anterior ao Neolítico e romanos, godos e árabes deixaram marcas indeléveis da sua passagem pelo local.
Muito do repositório etnográfico e antropológico desses povos ainda hoje sobrevive com as gentes da terra, com destaque para o adufe, instrumento musical tradicional que apenas deve ser tocado pelas mulheres.
Classificado imóvel de interesse público pelo Dec 28/82 de 26 de Fevereiro. Abrangido pela Zona Especial de Protecção definida em DG (2ª Série) 265 de 14-11-1950 (castelo e muralhas de Monsanto).
Ocupado desde a pré-história, foi povoado e fortificado no século II a.c., no período do pretora romano Emílio Paulo. Posteriormente, foi ocupado por visigodos e mouros. D. Afonso Henriques deu o lugar à ordem dos Templários, em 1165, tendo Gualdim Pais mandado erigir um castelo sobre as fortificações existentes, para aumentar as suas defesas.
O castelo ergue-se no cume do monte, sobre os vestígios de em castro lusitano, e o casario desce em cascata pela encosta norte, sendo frequente a utilização de grandes penedos graníticos como paredes ou cobertura das habitações.
Casa de uma só telha
Em 1172 foi doado à Ordem de Santiago e dois anos mais tarde recebeu foral ainda de D. Afonso Henriques. Recebeu foral manuelino, em 1510. Na reforma administrativa de 1843 o concelho foi extinto.
Situada no interior do Castelo de Monsanto, de presumível origem seiscentista, esta capela apresenta-se totalmente arruinada. Já se encontrava profanada no século XIX, e era então utilizada como armazém de víveres. Composta por nave e ousia, de que apenas subsistem as paredes, apresenta a frontaria enquadrada por pilastras toscanas, onde se rasga uma porta de arco abatido ladeada por uma pequena janela quadrangular. Em cada um dos alçados laterais existe uma porta simples, de verga recta.
Pelourinho Igreja de São Salvador (Matriz de Monsanto)
- Pelourinho de Monsanto situado no Largo da Misericórdia, está classificado como Imóvel de Interesse Público (Dec. 23 122, DR, de 11-10-1933. Foi edificado em 1510, à época da renovação do foral da vila por D. Manuel I. De configuração simples e aspecto rude, é constituído por um plinto octogonal de onde arranca uma coluna de secção circular. O remate, cilíndrico e decorado por meias esferas, foi reposto na sua posição original em 1937, após ter sido encontrado na parede de uma casa das imediações.
- Igreja de São Salvador (Matriz de Monsanto) - Edificada no século XVI, em estilo maneirista, esta igreja concilia uma grande singeleza exterior, própria do estilo maneirista, com um interior de grande riqueza decorativa, em que predominam os elementos barrocos. O templo ergue-se a meia encosta, sobre um embasamento que compensa a inclinação do terreno.
Artesanato em Monsanto
Na infinidade de ruelas e veredas povoadas de casas, palheiros e furdas, representantes de uma arquitectura popular implantada ao sabor do relevo. A utilização do granito nas construções confere ao conjunto uma grande uniformidade entre o natural e o edificado. Este equilíbrio é, ainda, mais evidente quando os acidentes graníticos dão origem a curiosas utilizações de grutas e penedos integralmente convertidos em peças de construção.
Campanário e ruínas de S.Miguel
No alto da povoação, antes da entrada da cidadela do castelo, encontram-se as ruínas desta Capela. Templo românico em pedra granítica, datado do século XII, ela é indício de uma primitiva povoação - S. Miguel - e sobrepõe-se a um monumento que se supõe de culto a Marte e a outros deuses pagãos. É rodeada igualmente por sepulturas escavadas na rocha granítica (cemitério paleo-cristão).
Em 1938, Monsanto ganhou estatuto de “aldeia mais portuguesa de Portugal”.
- Titulo que arrebatou, no concurso promovido pelo Secretariado de Propaganda Nacional do Estado Novo por ser a povoação mais característica do país e a menos "penetrada pela civilização dos outros".
a magistrado na antiga Roma encarregado da administração da Justiça
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Musica tradicional da Beira Baixa II
As armas do meu adufe
As armas do meu adufe
São de pau de laranjeira
Quem quiser tocar com ele
Tem de ter a mão ligeira
Quem quiser tocar com ele
Tem de ter a mão ligeira
As armas do meu adufe
São de pau de laranjeira
O rosmanhinhal se queixa
De não ter moças formosas
Subam lá acima à Idanha
Que até as silvas dão rosa
As armas do meu adufe
São de pau de laranjeira
Quem quiser tocar com ele
Tem de ter a mão ligeira
Aldeia de Monsanto
Quando me levanto
Vivo um dia novo
Saio a ver Monsanto
E saúdo o povo.
Minha Beira amada
Nunca me dês pranto
Dá-me o sol amigo
Que beija Monsanto.
REFRÃO:
Na Beira Baixa
Não há canteiro tão belo
Como é Monsanto
À beirinha do Castelo
Vou p'rà desfolhada
Levo uma cantiga
Trago uma promessa
Duma jura antiga.
Toco o meu adufe
Canta-se ao despique
Quem é velho abale
Quem é moço fique.
REFRÃO:
Na Beira Baixa
Não há canteiro tão belo
Como é Monsanto
À beirinha do Castelo
Tudo em meu redor
São hortas quintais
São milhos serôdios
Vastos olivais.
As ruas sem tempo
Que adoramos tanto
São belo presépio
Dado a Monsanto.
Castelo Branco
Ó Castelo Branco, Ó Castelo Branco
Mirando o cimo da serra, ai mirando o cimo da serra
Ai, quem nasceu lá p'ra Castelo Branco
Não é feliz noutra terra
Ai, Mirando o cimo da serra.
Eu nasci na beira sou homem pequeno
Sou como o granito bem rijo e moreno.
Eu nasci na beira sou homem pequeno
Sou como o granito bem rijo e moreno.
Lá lá lá lá ......
Meu bem quem me dera
Nos altos montes
Andar ao sol todo o dia, ai andar ao sol todo o dia
Beber água fresca ai, lá pelas fontes
Cantar como a cotovia
Ai, andar ao sol todo o dia.
Coração da serra, não ama a cidade
Só na sua terra se sente à vontade
Coração da serra, não ama a cidade
Só na sua terra se sente à vontade
Eu nasci na beira sou homem pequeno
Sou como o granito bem rijo e moreno.
Coração da serra, não ama a cidade
Só na sua terra se sente à vontade
Chapéu Preto
A azeitona já está preta, a azeitona já está preta,
Já se pode armar aos tordos, já se pode armar aos tordos.
Diz-me lá, ó cara linda, diz-me lá, ó cara linda,
Como vais tu de amores novos, já se pode armar aos tordos.
[Refrão]
É mentira, é mentira,
É mentira sim, senhor!
Eu nunca pedi um beijo,
Quem mo deu foi meu amor! [Bis]
Quem me dera ser colete, Quem me dera ser colete
Quem me dera ser botão, Quem me dera ser botão
Para andar agarradinha, Para andar agarradinha
Juntinha ao teu coração, Quem me dera ser botão.
[Refrão]
Ai, que lindo chapéu preto, ai, que lindo chapéu preto
Naquela cabeça vai, naquela cabeça vai,
Ai, que lindo rapazinho, ai, que lindo rapazinho
Para genro do meu pai, para genro do meu pai.
[Refrão]
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Os números
Por que é que 1 é 1, 2 é 2 e 3 é 3...
Um curioso PowerPoint que recebi na minha caixa de correio e apenas publico porque no final, o próprio autor pede para que seja partilhado.
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Bugiadas e Mouriscadas...
Os mourisqueiros, representam o Mal (O Mal é asseado, com roupas alinhadas, ordeiro), comandados pelo Reimoeiro, são rapazes solteiros, em número de algumas dezenas. Usam um fato colorido e listado, na cabeça levam uma barretina cilíndrica, ladeada de espelhos e encimada de plumas, usam polainas e, na mão direita, transportam uma espada. São o lado organizado, apolíneo, militar, da festa.
Os bugios representam o Bem (O Bem é de costumes ousados, veste mal, é malcriado e sujo), sob a condução do Velho da Bugiada, vão mascarados, vestidos de roupas garridas, levam penachos de fitas na cabeça, guizos por todo o corpo e castanholas nas mãos. São, habitualmente, em número de várias centenas, de todas as idades, e fazem uma enorme algazarra. São o lado folião e telúrico da festa.
A Festa de S. João de Sobrado é bem mais rica do que as danças e a luta que envolvem Bugios e Mourisqueiros. Existem três outros tipos de manifestações populares tradicionais que se entremeiam nesta festa. Uma delas é o conjunto de cenas de crítica da vida local e nacional, típicas da época carnavalesca conhecida por estardalhadas.
Estardalhadas
Cobrança dos direitos
Outra é o ritual da lavra da praça, em que as operações de lavrar, gradar e semear são feitas na sua ordem inversa. Este ritual de cultivo feito pela ordem errada, simboliza a fertilidade das terras de Sobrado, uma vez que se dizia que mesmo cultivando ao contrário, as terras eram tão férteis que produziam sempre.
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Museu Quinta de Santiago
Preservar e divulgar a memória histórica de Matosinhos e Leça da Palmeira através da arte é a missão central deste museu municipal tutelado pela Autarquia de Matosinhos.
Inaugurado em 1996, o Museu da Quinta de Santiago encontra-se instalado num edifício histórico, rodeado de um jardim encantador, mandado construir nos finais do século XIX , por João Santiago de Carvalho e Sousa, nobre da zona de Guimarães.
A Casa de Santiago, destinada inicialmente a residência de férias deste nobre, acaba por se tornar a sua residência permanente.
Da autoria do arquitecto italiano Nicola Bigaglia, que também é desenhador e aguarelista com domínio dos estilos clássicos, o palacete, imaginado como um castelo, mas com um toque mais moderno, reúne vários estilos arquitectónicos: neo-manuelino, neo-barroco, neo-clássico, neo-medieval e romântico.
Em 1968 o edifício é adquirido pela Câmara Municipal de Matosinhos e posteriormente, sob a direcção do arquitecto Fernando Távora é recuperado e adaptado, vindo a ser requalificado como espaço museológico.
O museu apresenta três colecções: mobiliário da época da sua construção, pintura e escultura.
O Jardim envolvente é palco para diversos eventos, assim como exposições de escultura ao ar livre.
Este edifício histórico é testemunha privilegiada das profundas transformações urbanísticas e sociais ocorridas na cidade de Matosinhos-Leça nos finais do século XIX e ao longo do séc. XX.
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Pelos jardins da paz...
Soldados de terracota, inspirados nos guerreiros de Xian na China
Esculturas Zen
O Portão Principal
Buddha Dourado Deitado de 15mts
A Quinta dos Loridos é hoje uma unidade hoteleira de luxo e também uma afamada produtora de vinhos, nomeadamente de espumantes. Outrora, estas terras foram pertença do Mosteiro de Alcobaça, que as doou a João Annes Lourido, em 1430. No século XVI a família Sanches de Baena reconstruiu este Solar que é hoje um belo exemplo da nobre arquitectura rural do século XVIII, ostentando o orgulhoso brasão da família Sanches de Baena.
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Os livros
É então isto um livro,
este, como dizer?, murmúrio,
este rosto virado para dentro de
alguma coisa escura que ainda não existe
que, se uma mão subitamente
inocente a toca,
se abre desamparadamente
como uma boca
falando com a nossa voz?
É isto um livro,
esta espécie de coração (o nosso coração)
dizendo "eu"entre nós e nós?
(Sabugal, 18 de novembro de 1943 — Porto, 19 de outubro de 2012)
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Jardins p'ra comer...
Decorre em Ponte de Lima a 8ª edição do Festival Internacional dos Jardins, este ano dedicado à "Alimentação". Uma iniciativa que relança o gosto e o culto pelo jardim e pela jardinagem, numa ligação profunda com a preservação do património e com a defesa do ambiente.
A Fachada (Jardim das Pinhatas)
Uma recriação do conto infantil em que podemos observar dois ambientes, separados pela Fachada (A casinha de Chocolate): O primeiro, o convite guloso das doçuras, e do colorido das flores, para onde as crianças são facilmente atraídas. O segundo, o Caldeirão (onde a bruxa má pretende cozinhar os meninos, depois de os engordar), podendo-se observar aqui uma horta com vários legumes comestíveis, na tentativa da sua desmistificação.
O caldeirão
Estou a Adorá-lo
O mundo do fast-food (comida apelativa pelo seu acentuado sabor e a facilidade com que se obtém), em prejuízo da sua qualidade nutricional, devido aos ingredientes que são usados na confecção deste alimentos.
... e o Ketchup
O Ninho
Lugar para entrar em contacto íntimo com a natureza, para ser acolhido, confortado e nutrido.
Jardim Radiante
A história do ciclo da vida e da morte e a capacidade de renascimento e resiliência da natureza, realçando o tema dos incêndios florestais.
Labirinto de Sabores
Uma Realidade Aumentada
Estabelece-se aqui uma ligação directa entre duas Realidades: Jardim e Cozinha: A boa cozinha surge da boa produção dos ingredientes, fazendo-se aqui uma homenagem à dieta mediterrânica.
Honey Scape
Este jardim pretende ser um abrigo para o visitante, cativando-o pelo seu ambiente onírico com vegetação aromática. Este ambiente inspirado nos favos de mel cria uma dinâmica de luz e cor ao longo do dia.
Fábrica de Paisagem
Só uma paisagem de fábricas automatizadas pode alimentar uma sociedade contemporânea que evoluiu para uma tão grande densidade populacional desligada da produção primária.
O Jardim da Abundância
O jardim é um lugar para trabalhar, brincar e relaxar, cheio de luz, sombra e fragrâncias, mas sobretudo um lugar onde se cultiva, se cozinha e se desfruta a comida. Devolver a matéria orgânica ao solo é fundamental. Incentivar a biologia natural e os processos naturais que aceleram a decomposição durante a compostagem também são essenciais.
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Séries portuguesas
Hoje quero deixar aqui uma pequena homenagem à produção portuguesa, e respectivos actores, que considero de qualidade destacando algumas das séries que mais me marcaram.
Residencial Tejo
Programa de humor português, realizado por Fernando Ávila, teve a sua estreia na SIC em 19/11/1999, e contou com um grande elenco:
Maria do Céu Guerra, Fernanda Borsatti, Canto e Castro, Anna Paula, António Vitorino D’Almeida, Vera Alves, Fátima Belo, Paula Guedes, Ana Padrão, Jorge Mourato, Alexandre Ferreira, Luís Thomar, Ana Filipa Machado, Ilda Roquete, Filipa Serra Coelho, e Rúben Mendes, Maria João Luís.
Uma casa de hóspedes, à beira do rio, é ponto de encontro de pessoas de todos os cantos do país, local de passagem de figuras curiosas e lugar onde sucedem as situações engraçadas. No centro da vida da Residencial Tejo estão as aventuras e desventuras da Matilde e dos hóspedes habituais que lá moram.
A Tia Matilde é a dona e gerente mas, na prática, é a sobrinha Seição (Maria do Céu Guerra) quem se ocupa do governo da casa. Na companhia do pai Horácio (Canto e Castro), Seição deixou para trás o Alentejo (e os negócios do pai que levaram a família a uma situação desesperada) e mudou-se para Lisboa.
O mais interessante desta série consiste no facto de ser gravada ao vivo, perante uma audiência, a meio caminho entre o teatro e o programa de ficção gravado para TV. Um facto determinante para o sucesso da série, conferindo-lhe um ar mais genuíno.
Existem pequenas falhas nos actores que são ultrapassadas pela emoção entre o «directo», o «ao vivo» e a «audiência». Ali, em rigor, só se faz uma vez - como na vida real, pois não existe a possibilidade de gravar e regravar, as vezes necessárias até sair bem. Ali, como sair, assim fica. Em Residencial Tejo vê-se que há uma diferença de actuação, de comportamento dos actores relativamente ao resto das séries. Esse facto é essencial para a relação do espectador com ela.
Não admira pois que a produtora tenha tido a necessidade de ir buscar não só uma protagonista de alto gabarito, actriz de teatro com grande experiência de grandes e pequenos palcos, como outros actores de teatro muito experimentados, como Anna Paula, Fernanda Borsatti e Canto e Castro.
Velhos Amigos
Uma série divertida... mas com um tema para refletir
“Velhos Amigos” é o retrato comovente de três idosos e uma criança numa aventura de redescoberta da vontade de viver e de um país de beleza e património inigualável.
Carlos, José e Matias são três amigos, entre os setenta e os oitenta anos que se conhecem desde o tempo de criança. José vive com a filha, o genro e o neto, Pedro de nove anos. Tem no neto o único motivo de contentamento. Carlos é reformado e passa o seu tempo fazendo pequenos biscates. Matias é viúvo e vive sozinho, quase ao abandono, já que o filho está no estrangeiro. Os três têm personalidades muito vincadas, mas estão ao mesmo tempo unidos por uma grande amizade. Uma série que retrata um encontro de gerações de avós e netos.
Luís Alberto, Orlando Costa, João Maria Pinto e o pequeno Miguel Jesus, de nove anos, constituem o elenco da série que, ao longo de 26 episódios, vai contar com a participação de dezenas de actores séniores, como Florbela Queiroz ou Maria do Céu Guerra, entre outros.
Um Lugar Para Viver
Um Lugar Para Viver é uma série de comédia, com algum humor negro, composta por 13 episódios, que estreou no dia 24 de Setembro de 2009, foi emitida às quintas-feiras às 21h30m na RTP1 até a sua transmissão ter terminado com a exibição do último episódio no dia 17 de Dezembro de 2009.
Produzida pela Plano 6 para a RTP1, este programa retrata as aventuras de uma estranha família de emigrantes portugueses que regressa de França, numa autocaravana, para recomeçar a vida em Portugal. A conjugação de disfuncionalidades da família, aliada ao facto de viajarem com a matriarca morta numa arca congeladora, resulta num rol alucinante de peripécias, que os leva de terra em terra. A série é protagonizada por vários actores como Rui Mendes, Adelaide João, João Lagarto, Ana Bustorff, Carla Andrino, Joana Santos, Pedro Barros, Philippe Leroux, e os estreantes Isabel Figueira e Rodrigo Vallejo, os quais vão percorrer várias regiões, à procura de um sítio para viverem.
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Santa Luzia - Castelejo
A uns escassos 10 Km do Fundão, no sopé da serra da Gardunha, situa-se a aldeia do Castelejo, e muito perto desta povoação, numa colina sobranceira, encontramos o Santuário de Santa Luzia, onde anualmente se realiza:
“A Maior Romaria da Cova da Beira”
A festa de Santa Luzia coincide com feriado municipal do Fundão, a 15 de Setembro. Em tempos, não muito longínquos, todos os caminhos iam dar a Santa Luzia e em dia de romaria, não se rompia no Santuário. Muitos pernoitavam pelo caminho, ou mesmo nas imediações do Santuário. Nesta altura as populações da região já estavam a terminar as sua colheitas tendo assim mais disponibilidade para irem pagar as suas promessas.
Era também uma ocasião de importantes trocas, dar vazão aos produtos agrícolas que produziam e um momento de convívio em que renovavam conversas, actualizavam notícias e realizavam um piquenique comum, onde repartiam as merendas que levavam. Hábito que ainda hoje se matém devido à enorme riqueza da gastronomia da região.
As celebrações tanto religiosas como profanas têm início no dia 14 de Setembro. No fim da tarde, realiza-se uma procissão com velas desde a igreja paroquial do Castelejo até à capela, transportando o andor do Senhor dos Milagres. Ao mesmo tempo, desce do santuário uma outra procissão encabeçada pelo andor de Santa Luzia. Os dois cortejos encontram-se, a meio da rampa, e as duas imagens "cumprimentam-se", seguindo juntas para a capela. Este ritual é cumprido à regra por todos os romeiros. No dia 15 de Setembro realiza-se uma missa campal. Estas festividades têm uma componente profana que se apresenta na forma de arraiais com bandas de música e com os famosos Bombos do Castelejo e de Lavacolhos e o Rancho Romeiros de Santa Luzia Castelejo.
Este Santuário não é apenas dedicado a Santa Luzia, existem mais santos dos quais os fiéis procuram também os seus bons ofícios.
Tal como o nome indica, Santa Luzia é a Santa da Luz e por isso foi adoptada pelo povo como santa protectora das doenças dos olhos. O dia que lhe é dedicado é o dia 13 de Dezembro, dia em que na Antiguidade, se iniciavam os festejos em honra do sol que, a partir do solstício de Inverno passaria a iluminar a terra mais tempo, até decair, a partir do solstício de Verão, em Junho.
Senhora Santa Luzia
Vizinha do Castelejo
Dai-me vista aos meus olhos
Sou ceguinha não vos vejo.
Senhora Santa Luzia
Minha Mãe minha Madrinha
Dai-me da vossa riqueza
Que eu sou muito pobrezinha
Senhora Santa Luzia
A vossa capela cheira
Cheira a cravos, cheira a rosas
Cheira a flor de laranjeira.
Senhora Santa Luzia
À vossa porta cheguei
Tantos anjos me acompanhem
Como de passadas dei.
Senhora Santa Luzia
Quem vos varreu a capela
As moças do Castelejo
Com raminhos de marcela.
Senhora Santa Luzia
Vinde abaixo dai-me a mão
A ladeira é comprida
Não me ajuda o coração.
Senhora Santa Luzia
Que dais a quem vos vai ver
Dou-lhe água da minha fonte
Se a quiserem beber.
Senhora Santa Luzia
As costas vos vou virando
Minha boca se vai rindo