Vandovsky
Um resto de tudo
Percorrendo a Fortaleza de Sagres
De construção henriquina a igreja paroquial de Santa Maria da feira foi edificada em 1459, para sede da paróquia de Sagres, que tinha como limite uma circunferência com raio de 4500m, centrada na igreja. A paróquia de Sagres teve uma vida útil curta porque desapareceu, no ano seguinte, com a morte do Infante D. Henrique. Reactivou-se sob a invocação de Nª Srª da Graça, e a ermida no interior da muralha voltou à condição de igreja matriz da freguesia de Sagres, quando esta, integrando a povoação de Sagres e as armações da Baleeira e do Beliche, foi criada em 1519, pelo Bispo do Algarve D. Fernando Coutinho.
Por volta de 1950, os serviços militares tinham deixado de ocupar o local e a fortaleza estava abandonada. Com a aproximação do V Centenário da Morte do Infante o interesse por Sagres reacendeu-se e pensou-se, devido ao valor simbólico do conjunto no imaginário da nação e do povo português, recuperar a antiga e suposta monumentalidade. De onde rsultou, no concurso público de 1954-57, com vitória do projecto de João Andersen.
Furnas
A campanha de obras coordenada pelo arqº Ruy Couto, em 1959/1960, manteve alguns edifícios do século XVIII e destruiu as construções quer se encontravam mais degradadas. Na planta então executada, aparece, em grande destaque a designada "rosa-dos-ventos", redescoberta em 1921. trata-se de uma enigmática estrutura, uma espécie de um desenha gráfico composto por quarenta e oito fiadas de pedras, que são como raios contidos no interior de uma circunferência. A finalidade exacta desta estrutura mantém-se com um desafio aos estudiosos e abarca hipóteses com uma eira, um gigantesco relógio solar, um labirinto ou a possibilidade de que a ermida representada, numa gravura na revista Panorama, possuísse uma relação funcional com a figura geométrica.
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1 comentário
De Libania Neves a 15.10.2013 às 22:17
Penso que, quem não conhecer esta zona, depois de ler o post, ficará com vontade de a visitar, o que, aliás, aconselho!