Vandovsky
Um resto de tudo
Balada da Neve
Batem leve, levemente,
como quem chama por mim.
Será chuva? Será gente?
Gente não é, certamente
e a chuva não bate assim.
É talvez a ventania:
mas há pouco, há poucochinho,
nem uma agulha bulia
na quieta melancolia
dos pinheiros do caminho...
Quem bate, assim, levemente,
com tão estranha leveza,
que mal se ouve, mal se sente?
Não é chuva, nem é gente,
nem é vento com certeza.
Fui ver. A neve caía
do azul cinzento do céu,
branca e leve, branca e fria...
– Há quanto tempo a não via!
E que saudades, Deus meu!
Olho-a através da vidraça.
Pôs tudo da cor do linho.
Passa gente e, quando passa,
os passos imprime e traça
na brancura do caminho...
Fico olhando esses sinais
da pobre gente que avança,
e noto, por entre os mais,
os traços miniaturais
duns pezitos de criança...
E descalcinhos, doridos...
a neve deixa inda vê-los,
primeiro, bem definidos,
depois, em sulcos compridos,
porque não podia erguê-los!...
Que quem já é pecador
sofra tormentos, enfim!
Mas as crianças, Senhor,
porque lhes dais tanta dor?!...
Porque padecem assim?!...
E uma infinita tristeza,
uma funda turbação
entra em mim, fica em mim presa.
Cai neve na Natureza
– e cai no meu coração.
Augusto Gil (Luar de Janeiro)
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Quando as crianças brincam...
Quando as crianças brincam
E eu as oiço brincar,
Qualquer coisa em minha alma
Começa a se alegrar.
E toda aquela infância
Que não tive me vem,
Numa onda de alegria
Que não foi de ninguém.
Se quem fui é enigma,
E quem serei visão,
Quem sou ao menos sinta
Isto no coração.
Fernando Pessoa, 1933
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Menino
No colo da mãe
a criança vai e vem
vem e vai
balança.
Nos olhos do pai
nos olhos da mãe
vem e vai
vai e vem
a esperança.
Ao sonhado
futuro
sorri a mãe
sorri o pai.
Maravilhado
o rosto puro
da criança
vai e vem
vem e vai
balança.
De seio a seio
a criança
em seu vogar
ao meio
do colo-berço
balança.
Balança
como o rimar
de um verso
de esperança.
Depois quando
com o tempo
a criança
vem crescendo
vai a esperança
minguando.
E ao acabar-se de vez
fica a exacta medida
da vida
de um português.
Criança
portuguesa
da esperança
na vida
faz certeza
conseguida.
Só nossa vontade
alcança
da esperança
humana realidade.
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UPI na Escola
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Dia nacional do estudante
Sócrates não gostava de ciências muito sofisticadas, embora as conhecesse todas. Ele dizia que o conhecimento sofisticado exige um esforço extra que tira o tempo do estudante da busca humana mais básica e importante: a da perfeição moral.
Xenofonte
É fundamental que o estudante adquira uma compreensão e uma percepção nítida dos valores. Tem de aprender a ter um sentido bem definido do belo e do moralmente bom.
Albert Einstein
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Vamos adivinhar II
É uma senhora muito esbelta
que com finos fios se aperta,
quem tiver que a desapertar
muitas lágrimas há-de chorar.
O que é?
Tem coroa e não é rei,
tem escamas sem peixe ser.
Além de servir para doce,
é fruta, podes comer.
O que é?
Pelo muito bem que faço
não posso ser dispensada.
Se persisto aborreço.
Se falto, sou desejada.
O que é?
Já que tens entendimento
e és amigo do saber:
uma pedra em cima d'água,
diz lá se pode ser?
O que será?
Unidas em grande número
trabalhamos com ardor.
Para tanto percorremos
todos os prados em redor;
quando temos a casa cheia
vêm-nos roubar o melhor.
Quem são?
Viajamos sempre juntos,
carregar é a nossa missão
a carga que eu transporto
iguala a do meu irmão.
Que será?
Eu corro, não tenhos pernas;
assobio, não tenho boca;
nunca ninguém me viu
e tenho bastante força.
O que é?
Só a faz que já a tem,
pois quem não a tem, não a faz;
se a tem pode não a fazer,
se a fizer já não a traz.
O que é?
Desta vida ando cheio,
pois tenho o corpo enrolado,
a cabeça partida ao meio
e ando sempre apertado.
O que é?
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Criatividade
Um pequeno carinho que aqui dedico ao meu afilhado, pelo seu talento artístico...
Parabéns Rodrigo... Podes continuar... Um beijinho!!
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Um bonito presente
Um carinho com o qual fui presenteada pelo meu afilhado:
Uma criança super sensível e muito meiga... Enfim um querido...
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E nós fomos ao Jardim Zoológico
A chegada
O Jardim Zoológico de Lisboa, o primeiro parque com fauna e flora da Península Ibérica, inaugurado em 1884, é um paraíso para as crianças pequenas com uma grande selecção de animais e um pequeno parque de diversões.
A envolvente
Os grandes animais africanos: leões, zebras, elefantes, girafas, hipopótamos, rinocerontes, gorilas, estão todos representados, assim como animais da América do Sul: tapirs, macacos e da Ásia, incluindo tigres.
Para além de termos a oportunidade de observar variadíssimas espécies de animais, podemos também assistir a momentos únicos como a alimentação dos pelicanos, apresentação de aves em voo livre, apresentação de répteis, alimentação de leões-marinhos, entre outros.
O zoo tem uma interessante secção dedicada à sua enorme colecção de aves. Além dos animais o zoo tem muitos locais onde podemos comer, um teleférico que nos leva por cima dos animais e um pequeno parque de diversões para crianças.
Além disto tudo, há também alguns jardins no complexo do Zoo. O Jardim Zoológico de Lisboa é, desde sempre, um ponto de referência e alegria para todos os visitantes.
A curiosidade
A preguiça
A diversão
A ternura
A "Baía dos Golfinhos" , no Jardim Zoológico de Lisboa, foi inaugurada em Maio 1995. Esta tem uma decoração de uma vila de pescadores tipicamente portuguesa.
E o que mais adiante se verá...
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Mistérios da escrita
Escrevi a palavra flor.
Um girassol nasceu
no deserto de papel.
Era um girassol
como é um girassol.
Endireitou o caule,
sacudiu as pétalas
e perfumou o ar.
Voltou a cabeça
à procura do Sol
e deixou cair dois grãos de pólen
sobre a mesa.
Depois cresceu até ficar
com a ponta de uma pétala
fora da Natureza.
Álvaro Magalhães
poetas de hoje e de ontem